sexta-feira, 8 de agosto de 2008

I - Manual básico de cultura de alimentos vivos para iniciantes

1 - Enquitréia ou minhoquinha
A enquitréia (Enchytraeus albidus), também denominada minhoquinha, é um pequeno verme branco e como as minhocas, um Annelida e Oligochaeta. Pode atingir de 2 a 2,5cm de comprimento, sendo um ótimo alimento, principalmente para peixes e anfíbios, que muito o apreciam. Cria e reprodução Sua criação não apresenta problemas, podendo ser feita com facilidade. Basta colocarmos alguns desses vermes dentro de uma caixa de vidro, plástico, madeira ou outro material, exceto metal. Até mesmo vasos de flores, com terra úmida mas não encharcada e com uma tampa de vidro, servem para criá-los. Após alguns dias, 6 ou 8, já aumentaram bastante e em aproximadamente 40 dias, podemos começar as coletas, pois esse verme é hermafrodita e se reproduz em grandes quantidades e com muita facilidade e rapidez. As caixas ou vidros devem ser mantidos em locais frescos, úmidos e escuros e com terra sempre úmida, mas não encharcada, como já mencionamos. A temperatura indicada é de 12 a 15°C, no máximo. É preciso, no entanto, que essas caixas possuam, no fundo, uma camada de terra, cuja composição pode ser: - esterco úmido - 2 partes mas sem terra ou argila ou, então, terra vegetal; e areia - 1 parte. Ao prepararmos essa camada, devemos nos lembrar de que esses vermes vivem, normalmente, em terra vegetal ou húmus, matéria em decomposição, debaixo de camadas de detritos orgânicos, folhas caídas, etc. Colocamos, depois, uma colher das de sopa, cheia, com alimento abaixo indicado, distribuído em pequenos montinhos em cada caixa. Feito isso, introduzimos os vermes e depois cobrimos tudo com uma fina camada da terra da cama e, sobre ela, colocamos uma tábua fina ou uma placa de vidro cobrindo-a em toda a sua extensão. Alimentação Vários são os alimentos indicados para as enquitréias. Entre eles temos o pão umedecido, cereais cozidos, aveia misturada com leite, restos de verduras, vegetais fervidos para formar um caldo, pão branco molhado no leite, etc. Os alimentos que não forem consumidos em 2 ou 3 dias devem ser retirados da caixa e substituídos por outros alimentos frescos, para evitar que causem problemas, inclusive destruindo toda a cultura. Como para outras culturas de vermes, também para as enquitréias é aconselhável o criador possuir várias caixas de criação, para que as vá aproveitando racional, gradual ou alternadamente e ao mesmo tempo, para que haja uma segurança de continuidade na criação, caso uma ou mais delas apresente algum problema como, por exemplo, contaminações ou mesmo que seja destruída. Como as enquitréias resistem vivas, por algumas horas, na água salgada, são indicadas também para a alimentação de muitos peixes marinhos, como os de corais, principalmente durante a sua adaptação a aquários. Esses vermes, no entanto, não devem ser dados indiscriminadamente, como alimento único, pois provocam obesidade, principalmente nos peixes de criação. São mais indicadas para substituir outros alimentos em falta ou para variar a alimentação dos animais

2 - Tubifex ou verme do lodo Redação RuralNews

O tubifex (Tubifex rivulorum) ou verme do lodo, como a minhoca, pertence ao Filo Annelida e à classe Oligochaeta. É um verme ou "minhoquinha" vermelha, fina como um fio, medindo de 1 a 5cm de comprimento e que produz um tubo no qual vive e se esconde ao menor sinal de perigo. Considerado um dos melhores alimentos, principalmente para peixes de aquário, tanto de água doce quanto de água salgada, é muito rico em gorduras. Tem, no entanto, um defeito grave que é o de eliminar, junto com as fezes, uma substância ácida que pode fazer baixar o pH do ambiente ou da água, tornando-a mais ácida. Por esta razão, antes de ser colocado para os animais, deve ser bem lavado e posto em pequenas quantidades no aquário, para que seja ingerido o mais rapidamente possível. O melhor é colocar os tubifex em comedouros especiais, dos quais vão saindo aos poucos, sendo logo devorados pelos peixes ou outros animais aí existentes. Devem ser dados aos peixes somente duas vezes por semana. Para peixes e outros animais muito pequenos, os tubifex podem ser picados em pequenos pedaços, de acordo com o tamanho dos animais que os devem comer. Como são vermes que vivem principalmente em esgotos e em lamas, locais esses sempre contaminados ou poluídos, não devemos segurar os tubifex diretamente com as mãos. Devemos, para isso, segurá-los com luvas ou com pinças, para evitarmos algum possível problema, como infecções nas mãos. Os tubifex vivem normalmente em colônias de centenas ou de milhares de indivíduos movimentando-se sem parar, em esgotos, areias ou lodo, nos quais se enterram, desaparecendo ao menor perigo. O melhor é comprá-los em casas especializadas, nas quais são encontrados sempre mais limpos. Só devem ser dados vivos aos animais, o que é fácil de se verificar, porque os vivos são vermelhos, enquanto que os mortos ficam brancos. A grande maioria dos peixes come tubifex com avidez, tanto vivo e inteiro, quanto em pedaços (para os menores). Também as rãs, sapos, salamandras e outros animais os apreciam bastante. É um dos alimentos vivos mais comumente usados para a alimentação de um grande número de animais. Coleta Pode ser encontrado e capturado com facilidade em seu ambiente natural, ou seja, esgotos e outros locais, dentro da lama, mas sempre em locais ricos em matéria orgânica e bem arejados. Vários são os métodos utilizados para a captura como, por exemplo, os seguintes: - pegamos uma certa quantidade de lama e a examinamos para verificarmos a existência de tubifex e a sua quantidade. Fazemos, então, pelotas com essa lama e as deixamos. No dia seguinte, elas estão secas por fora e os tubifex se reúnem, formando uma verdadeira bola em seu interior. Abrimos, depois, a lama e retiramos os vermes, uma verdadeira massa ou novelo bem limpo. Esta é também uma forma para conservarmos tubifex por muitas semanas, desde que a lama seja molhada, sempre; - Retiramos uma certa quantidade de lama e a lavamos com água, de preferência com um esguicho fraco. A lama vai saindo aos poucos com a água e os vermes vão ficando no recipiente em que colocamos a lama. É preciso, no entanto, que a lama seja colocada em uma vasilha com fundo de tela bem fina, para que os vermes não passem por ela e se percam; - Colocamos a lama sobre uma superfície quente. O calor vai se irradiando de baixo para cima e os vermes, quando o sentem, vão subindo para a superfície, sendo capturados com facilidade.


3 - Gafanhotos podem ser utilizados como alimentos vivos Redação RuralNews

Os gafanhotos pertencem à classe insecta, à sub-classe pterigota e à ordem Orthoptera, com 20.000 espécies e à sub-ordem Acridoidea, composta pelos gafanhotos. No Brasil, temos a espécie migratória Schistocerca paranensis, famosa por sua voracidade destrutiva quando, em nuvens de milhões de indivíduos, vindos do charco boliviano, assola os estados do Sul, chegando ao Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Outro gafanhoto existente no Brasil é o Schistocerca australis que se constitui em uma praga do algodoeiro. A mais famosa e voraz das espécies, no entanto, é o Schistocerca gregaria, o gafanhoto que constituiu a sétima praga do Egito, como nos ensina a Bíblia mas que, felizmente, não existe no Brasil. Animais que podem comer gafanhotos Os gafanhotos são um excelente alimento para rãs, sapos, lagartos, tartarugas, camaleões, jacarés, crocodilos, peixes maiores, etc. Também, muitos pássaros os apreciam, mesmo não sendo insetívoros, como as garças e outros grandes pássaros, principalmente quando estão com filhotes, pois estes necessitam de proteínas para o seu crescimento. Além desses animais, alguns mamíferos, como alguns primatas, como os sagüis e alguns animais de terrário têm como alimentos principais justamente esses insetos. Na prática, os gafanhotos são apreciados por quase todos os animais de aquários. Podem ser fornecidos como larvas, adultos vivos ou então, depois de mergulhados na água fervendo e picados em tiras. Pelo exposto, podemos verificar a importância que podem desempenhar os gafanhotos na alimentação de muitos animais. Coleta e criação de gafanhotos Os gafanhotos podem ser coletados “no mato” e utilizados para variar a alimentação de muitos animais, o que permite obter melhores resultados com as criações. Eles são encontrados em grande número e podem ser capturados com uma “armadilha” especial, composta de uma caixa de madeira ou plástico, com uma tampa e uma cordinha. Devemos colocar dentro da caixa um punhado de grama, para evitar que os gafanhotos se machuquem, brigando uns com os outros. A criação de gafanhotos é relativamente fácil, desde que lhes proporcionemos instalações adequadas, uma boa alimentação e um bom manejo. Isto permitirá uma boa produção durante todo o ano. A criação é feita em caixas, medindo 50x30x30cm. Em locais de clima frio, é necessário a instalação de aquecimento artificial, utilizando-se uma lâmpada fixada ao teto da caixa. É aconselhável que a temperatura seja mantida, sempre, no mínimo a 28ºC. Em uma criação de gafanhotos devemos ter sempre grupos de 3 tipos diferentes de caixas: uma para a reprodução, outra para a eclosão e recria e uma terceira para depósito dos gafanhotos que vão ser utilizados na alimentação dos animais.

4 - Tenébrio ou larva japonesa - alimento para muitos animais

O tenébrio (Tenebrio molitor) é um besouro preto, que não voa e pode ser encontrado com facilidade em moinhos, armazéns e depósitos de cereais e subprodutos como farinhas, farelos, etc. Isto é revelado claramente até no nome deste inseto pois a palavra molitor, em latim, significa moleiro, ou seja, aquele que trabalha em moinhos. É um excelente alimento para um grande número de animais, entre os quais rãs, sapos, tartarugas, lagartos, camaleões, salamandras terrestres, peixes, cobras, macacos, pequenos mamíferos e pássaros, não só insetívoros mas também omnívoros e frugívoros, principalmente quando estão criando os filhotes, que necessitam de muita proteína na sua alimentação. São muito prolíficos, reproduzindo-se com rapidez e em grandes quantidades, além de serem de fácil criação. Por estes motivos, são de muita utilidade na criação e alimentação ou manutenção de um grande número de animais. Esse besouro mede 15mm de comprimento e, como já mencionamos, não voa, o que facilita mito a sua criação, manejo e controle. Suas larvas são muito grandes, podendo atingir 3cm de comprimento, o que é uma outra grande vantagem que o tenébrio apresenta. Estas larvas são parcialmente brancas, passando a amarelo escuro brilhante. Suas ninfas medem 15mm de comprimento e são branco amareladas. A composição da carne de larva de tenébrio é a seguinte: Umidade 5,49 % Proteínas 7,98 % Gorduras 26,24 % Carboidratos 57,57 % Cinzas 2,72 % Fonte: Cães & Cia O tenébrio, no entanto, não deve ser dado como alimento único, durante longos períodos, porque sua carapaça quitinosa dura, é um tanto indigesta. Depois de algum tempo, certos animais como os camaleões, por exemplo, se recusam a comê-lo, enquanto que outros, podem apresentar distúrbios digestivos. As larvas e as pupas do tenébrio, no entanto, não apresentam esses inconvenientes e podem ser dadas à vontade, pois são um excelente e nutritivo alimento, muito apreciado pelos animais já mencionados, especialmente peixes como os caracídeos, rainbow caracins (Phenacogrammus interruptus), o borboleta (Pantodon buchholzi) e o arqueiro (Toxotes jaculator).

5 - Plancton – alimento para peixes e outros animais Redação RuralNews

O plancto é composto principalmente por plantas como algas e as diatomáceas e grande quantidade de animais muito pequenos e em geral microscópicos, como protozoários, crustáceos, moluscos, vermes, larvas de esponjas, etc. e que se encontram flutuando, livres, à deriva nas águas dos mares. Também as águas doces possuem o seu plancto, formado por seres animais como os cladóceros, rotíferos, protozoários, etc., que formam o zooplancto (plancto animal) enquanto que os vegetais como as algas formam o fitoplancto (plancto vegetal). Devemos levar em consideração, ainda, que quando coletamos água com plancto, os zoo e fitoplancto vêm misturados e, com eles, outros elementos animais como, por exemplo, larvas de mosquitos, de peixes em sua primeira fase após a eclosão, de moluscos, vermes, etc. O plancto varia, não só na sua composição em relação aos elementos animais e vegetais que o compõem mas, também, quanto ao número desses seres em um mesmo volume de água. Logicamente, isso influi na alimentação dos animais que o ingerem, como os peixes, por exemplo, pois os elementos planctônicos variam de algumas centenas a alguns milhares, por centímetro cúbico de água. No caso dos peixes, bastam 10 a 20 microcrustáceos existentes no plancto, para alimentar um alevino (filhote), durante 24 horas. De um modo geral, os animais que se alimentam com plancto começam comendo os seres menores e depois, à medida que vão crescendo passam a comer, gradativamente, os de tamanhos cada vez maiores. Os organismos animais do plancto se alimentam de algas clorofíceas e de bactérias, que são de origem vegetal. Os elementos vegetais do plancto, ou seja, o fitoplancto, como as algas, por exemplo, extraem sua alimentação através da fotossíntese, diretamente da água, sob a forma de sais minerais, do que resultam, principalmente, gorduras e muito pouco amido. Entre os animais que se alimentam do plancto, temos quetognatos, pequenos crustáceos, etc. e, de larvas de moluscos, os equinodermos e anelídeos. Coleta do plancto Para isso, podemos usar uma rede em forma de cone ou de um puçá, fabricado com um tecido de trama bem fechada e que deve ser pendurado por uma cordinha de náilon a um cabo longo mas leve, de madeira, bambu, plástico, etc.. Esse puçá é mergulhado na água em que existe o plancto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom Dia, gostaria de saber aonde posso encontrar Tubifex para comprar, pois sumiu do mercado a algum tempo.... estou na zonz oest. obrigado

Alexandre

Anônimo disse...

OLÁ. GOSTARIA DE SABER SE ALGUÉM PODE ME INDICAR ALGUM LOCAL QUE VENDE TUBIFEX VIVOS. FICO NO AGUARDO ! E-MAIL: paulogomesnegocios@hotmail.com

Anônimo disse...

OLÁ. DESEJO COMPRAR TUBIFEX VIVOS. SABEM ME DIZER AONDE POSSO ENCONTRAR ! NO AGUARDO ! paulogomesnegocios@hotmail.com